Saturday, October 14, 2006

SOBRE POLÍTICA - II

Direcionar verbas gigantescas para propaganda, colocar nome/sobrenome nas leis ou alardear a conquista de recursos têm somente uma intenção: a autopromoção do político em questão. Não há razão para tais fatos.

SOBRE POLÍTICA - I

Para ser candidato no Brasil, não é necessário ter e apresentar propostas. É preciso apenas “defender” uma minoria, uma classe ou um grupo oprimido. Taxistas, “vanzeiros”, negros, homossexuais, idosos, “funkeiros”. Todos podem ficar tranqüilos, certamente possuem algum defensor na política, seja na assembléia, na câmara ou no senado.

Ou então ser filho de algum político enraizado no poder. O que pode um garoto que nunca trabalhou e nada sabe de administração fazer em nome da melhoria de um estado? Seguir os passos de seu pai?

A idéia de eleger um deputado estadual/federal ou um senador é fazer com que ele leve o conhecimento das necessidades do povo de sua região e os problemas de seu estado para discussão e propostas de soluções.

O que acontece nada mais é que o afloramento do egoísmo e do desespero. As pessoas acabam por tentar se proteger em detrimento dos outros. “Sou motorista de van, voto no fulano porque ele vai dar licença pra todos nós trabalharmos.”

Pode até parecer um gesto nobre, e seria se fosse apenas uma das propostas. Se fosse uma idéia a ser estudada e levada adiante baseada em pesquisas e estudos de orçamento e impacto em outras áreas da administração pública. Na prática não é o que acontece, haja vista a quantidade de leis inconstitucionais e a quantidade de leis inócuas que se acumulam ano após ano, governo após governo.

Aí paro e penso quando escuto eleitores decepcionados com o outrora candidato por eles eleito: no fim, ele/ela é apenas um espelho de quem o elegeu. Foi eleito para defender interesses de poucos e está lá pra defender interesses de menos ainda, inclusive o dele.